Por que razão, Amor, já te apartaste,
E com afagos meus ficas zangado...
Não vês a angústia no rosto cansado,
O espectro da seara que ceifaste!?
Não mais quero saber por onde andaste,
Mas dar verdade ao sonho, então sonhado...
O que hoje em mim acusas de pecado
Não te enfadou enquanto só me amaste!
Procuras a miragem que não presta.
Agarra o pouco do muito que resta,
E vai acontecer do Céu magia...
Mas foges mais a cada hora, eu sinto.
No ar pairam amargos de absinto
Que me dão medo por telepatia...
IN Poesia que a Mágoa Tece - 2007.
Foto: Paula Raposo.
5 comentários:
É bonita a magia que vai acontecendo.
Beijinhos.
mais um belo soneto cheio de magia.
grata pela partilha.
um beij
(...)Procuras a miragem que não presta.
Agarra o pouco do muito que resta,
E vai acontecer do Céu magia...
Mas foges mais a cada hora, eu sinto.
No ar pairam amargos de absinto
Que me dão medo por telepatia...
Lindo!
Jinhos mil
Olá Francília
Lindo poema cheio de ternura e amargura.
Na arte do soneto considero-a uma mestra.
Um grande beijo
Liliana Josué
Estou gostando de ler, parabéns e um beijo da
São Percheiro
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