
Quem me quiser tem de vir procurar-me,
Quer faça chuva ou sol de calor pouco...
Quem me quiser, forçoso, tem de achar-me,
E há quanto tempo o espero como um louco...
Quem me quiser tem de sentir no ar
O cheiro a verde das serras do Norte...
Quem me quiser comigo há-de apanhar
Sargaços que vêm de mar longe à sorte...
Quem me quiser tem de ter cãs de outono
Que aos anos dão a cor nobre do mel...
Quem me quiser, à insónia dê o sono
A ver nascer meus versos no papel...
Quem me quiser, primeiro ausculte o vento,
Que o medo da traição do amor me afasta...
Quem me quiser não desperdice o tempo,
No inverno, os corações a neve castra!...
IN Poesia que a mágoa tece - 2007
Foto: Paula Raposo
6 comentários:
Quem me quiser...terá que ter uma outra luz para me encontrar! Gosto muito deste poema, Francília. Beijinhos.
Muito bonito, Francília! Espero continuar a ler mais, poemas seus.
Jinhos
Com que então, blogamos? Bravo! Que dos poemas já cá se sabe valerem a pena.
Beijos.
Olá Francília
Como sempre um poema lindo.
Muito cheio de elementos da Natureza: verdura, Outono, vento, ar...
E sempre a acabar com chave de ouro como reza o soneto perfeito.
Beijo grande.
Liliana Josué
admiration timesbu eranakulam superseded colleges uksvjksa posits york prasadc dislike ended
semelokertes marchimundui
Enviar um comentário