Com voz de amor ralhou-me, amargurada,
Minh'alma a q'rer saber porque tardou
Andar na estrada inda antes não andada,
Aonde alguém esperar por mim jurou...
Ternura guardo tanta amarrotada;
Com medo da traição amor não dou;
Da má sorte dos sós serei falada,
Recuso amores...Eu por aí não vou!
Com força forte agarro a tempestade
Mais crua, a dos revezes da idade,
Pois sou pinheiro erecto em nome e em porte.
Se no meu peito ainda há golpe aberto,
E a dor de tanta dor me fez um espectro,
Achei na solidão meu próprio norte!
IN Poesia que a mágoa tece - 2007
Há 7 anos
3 comentários:
Francília, não imagina como fiquei feliz ao ver os seus poemas num blog...seu!
Parabéns, gostei muito, e venham mais, tá?
Jinhos
Olá Francília
Mais uma maravilha da mestra sonetista.
A fuga a "qualquer coisa" é uma constante na sua poesia, e a tenacidade também. Mas, se me permite, acho que devemos viver o melhor que pudermos.
Uma delícia este seu poema.
Os meus parabéns.
E já agora mais parabéns por vê-la nestas andanças.
Um beijo amigo.
Liliana josué
Gosto muito deste poema. Espero que seja o 1º de tantos outros a partilhar connosco. Beijinhos.
Enviar um comentário